março 29, 2014

Busca interior!






O nosso princípio de vida, como vimos, nasce de fagulhas pensantes e inteligentes num mundo de energia, ele nasce da Criação. Porém, por motivo maior, estamos distante dessa realidade verdadeira. Estamos adormecidos, calados numa existência própria e “solitária”, mas temos essa essência da criação, do Criador dentro de nós, dentro de uma vestimenta chamada corpo físico. Este corpo encontra-se fechado e só é possível se comunicar através de um complexo de sentidos, os cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Esse complexo é denominado EGO.

É por meio do ego que entramos em contato com o mundo externo, com a realidade em que estamos inseridos. Com os cinco sentidos tomamos a consciência do mundo a nossa volta.

Porém, não somos constituídos apenas de EGO. O ego é apenas a nossa parte consciente. Somos constituídos por dois outros elementos: o de pulsões / potencialidades que precisam ser desenvolvidas e essa parte, acredito que esteja intimamente ligada com a Criação, pois é por meio do desenvolvimento dessas pulsões / potencialidades que vamos nos estruturar como realmente somos, a nossa verdadeira essência. E uma parte totalmente inconsciente, um plano escuro, mas não sombrio, o nosso inconsciente, que precisa ser revelado através da transcendência da nossa consciência.

Assim, o indivíduo como um todo é constituído de três partes interagindo com o meio ambiente, com a natureza.



O nosso canal de comunicação entre o mundo interno (que abrange não só nossas pulsões / potencialidades mas também, o nosso inconsciente) e o mundo externo acontece por meio do ego. Na medida em que interagimos com o meio, o ego aprende, vivencia as experiências, transmutando a inconsciência... ele vai ocupando o espaço do inconsciente ampliando assim a consciência, fortalecendo nossa estrutura psíquica, tornando-nos pessoas mais maduras, conhecedora do nosso interior, reconhecendo do que somos capazes ou não, entendo os nossos sentimentos, desejos, frustrações, etc.










No entanto, essa tomada de consciência só é alcançada quando realmente a experiência é vivida, quando faz sentido à essência, quando a vivência invade a alma e faz dar sentido à nossa existência.

A energia psíquica é a inter-relação do consciente com o inconsciente. É a primeira grande polarização do indivíduo, pares de opostos que se compensam, que se complementam. Assim como o dia e a noite, a luz e a escuridão, o sol e a lua, são pares que inevitavelmente precisam um do outro mesmo sendo opostos, o inconsciente precisa do consciente para a manutenção da existência equilibrada do indivíduo.

Infelizmente, o processo de desenvolvimento da humanidade se fez de forma desordenada, acelerada e a interação do ego só se deu de fora para dentro. Nessa medida, o indivíduo deixou seu ego estabelecer um contato com o mundo de forma egoísta, tirando tudo o que foi possível da realidade (e isso inclui a natureza) sem oferecer nada em troca, sem dar vazão às suas potencialidades, sem dar vazão à sua essência divina, o indivíduo foi alimentando cada vez mais o abismo com o inconsciente, abrindo às portas para a manipulação e fechando-se ao contato com a essência.












Uma das formas mais prejudicadas foi a intuição, considerada por muitos como o sexto sentido, com o acesso a informação direta com o divino.










A expansão dos cinco sentidos, ou seja, a ampliação do ego de forma madura exige um conhecimento de si mesmo, intenções, ações, desejos, sentimentos sendo analisados e compreendidos no íntimo, sem mentiras, sem máscaras. Difícil tarefa, pois exige disciplina, persistência, concentração, força de vontade, determinação, mas pode ser conseguido por meio de técnicas e exercícios.

Desenvolvendo a intuição podemos chegar ao ponto de saber sem ver, saber sem escutar, saber sem apalpar, sentir sem perceber dando a possibilidade de entrar em contato com a própria essência divina presa dentro do nosso corpo físico. Percebemos então a existência dessa força maior, de um eu em outro plano, dois corpos ocupando o mesmo lugar no espaço mas em dimensões diferentes.

Como já foi dito:

“A partir do momento em que o indivíduo entra em contato com sua essência, desenvolve o sentido de estar em todas as coisas e em todos os lugares, esse é o poder absoluto da mente, somos uma formiga, um leão, um planeta, o universo, pois tudo é energia em diferentes estágios de manifestação, com certeza coordenadas por mentes superiores.”

Da mesma forma, somos mentes superiores do nosso corpo, podemos coordenar o roteiro de nossas vidas, roteiro esse que determina nossa saúde ou doença, nossa prosperidade ou nossa ruína, nosso crescimento ou nosso afundamento, presos em muitos seres cristalizados mais próximo do animal que do humano ou então, a mesma mente que conduz ao abismo conduz ao topo da montanha.

O poder da mente está no nosso alcance, porém na maioria das vezes o poder nos controla e não nós o controlamos... Usar o conhecimento com sabedoria, aliando a técnicas transforma esse processo mais rápido e mais gratificante.

(Alves, 2007)

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